Os Desafios do Governo Eclesiástico na Atualidade

Por Roger Mattos

A Igreja é um organismo vivo, visível no que tange à sua exterioridade no mundo, em acordo com seu atributo invisível, que é o combustível espiritual dessa organização denominada Corpo de Cristo.

É sempre um desafio galgar caminhos para exercer uma condução eficaz de uma Igreja, tendo em vista que há alguns paradigmas sobre como implementar um governo eclesiástico. Ademais, todos os modelos apresentam, sem exceção, tanto pontos positivos quanto negativos. Dentre eles, destacam-se: episcopal, congregacional, presbiteriano e livre.

A busca, portanto, é optar por um modelo que se aproxime mais das Escrituras Sagradas e que vise à saúde espiritual da sua membresia. Lidar com seres humanos sempre foi e sempre será desafiador, pois, onde há gente, há uma diversidade de pensamentos, de culturas, de ideologias políticas, etc. Esse cenário gera divisões internas, e o papel da liderança é essencial para promover a reconciliação e a paz.

Dessa forma, é notória a necessidade de uma liderança para conduzir o rebanho. Em relação à liderança cristã, não se trata de uma hierarquia déspota; muito pelo contrário. O líder, todavia, precisa possuir habilidades carismáticas e ser um bom exemplo, a fim de inspirar os demais de forma natural e genuína.

Destarte, é fundamental que o líder tenha, acima de tudo, uma comunhão profunda com Deus, de modo que possa cumprir sua maior missão de vida: cuidar da Noiva de Cristo. Para tal encargo, o líder espiritual precisa apresentar as características descritas na Sã Doutrina, além de dar testemunho de um bom exemplo para os de fora.

De acordo com o apóstolo Paulo:

É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, esposo de uma só mulher, moderado, sensato, modesto, hospitaleiro, apto para ensinar; não dado ao vinho, nem violento, porém cordial, inimigo de conflitos, não avarento; que governe bem a própria casa, criando os filhos sob disciplina, com todo o respeito (1Tm 3.2–4).

Com a expansão do cristianismo em todo o mundo, têm-se notado muitos escândalos morais e desvios doutrinários. Apesar de sempre terem existido heresias, a Igreja tem sofrido um forte impacto da pós-modernidade em seu modus operandi e na forma de influenciar o mundo secular.

Algumas igrejas, por exemplo, buscam se amoldar aos padrões mundanos para atrair a maior quantidade de pessoas, buscando, sobretudo, o entretenimento, desvirtuando-se de seu principal objetivo de ser \”sal e luz\” do mundo.

E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente, para que experimenteis qual seja a boa, agradável e perfeita vontade de Deus (Rm 12.2).

Portanto, o maior desafio da Igreja é se amoldar a um modelo eclesiástico sadio e bíblico, que prime pela santidade e pela Verdade. Em um século em que o antropocentrismo e a racionalidade têm grande estima, é necessário resistir ao mundanismo, como um remanescente que nada contra a correnteza. Não menos importante é que pregue a Palavra, instando a tempo e fora de tempo.

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