Por Roger Mattos
A Teologia passou por diversas fases ao longo dos milênios e sofreu alterações de acordo com a cultura desenvolvida em cada época da humanidade. O foco central de todas as Sagradas Escrituras sempre foi Jesus Cristo, o Messias, que veio para redimir os pecados de todos e trazer o Caminho para a vida eterna àqueles que n\’Ele creem.
No entanto, muitas linhas teológicas relativizam a Bíblia, adotando uma hermenêutica defasada, principalmente aquelas influenciadas pelo Iluminismo e pelo surgimento do Renascimento. Sempre houve pontos de vista que negligenciam a Palavra — como é o caso das heresias —, porém não é só essa questão que interfere na totalidade da vivência da fé, trazendo prejuízos que, em muitas circunstâncias, passam despercebidos.
Escolas de interpretação que apoiam o cessacionismo, por exemplo, invalidam o agir do Espírito Santo em sua plenitude, fazendo com que a vida cristã seja demasiadamente limitada em sua experiência. A racionalização da fé é extremamente preocupante, pois invalida o sobrenatural, relativiza a fé e tenta restringir um Deus que é infinito e todo-poderoso.
Com o advento da Teologia Pentecostal, surgiu o apontamento para essa busca de poder pleno, enfatizando a Terceira Pessoa da Trindade, o Espírito Santo, de modo fervoroso e sublime, resgatando a ação dos carismas que estavam presentes na igreja primitiva. E não é só isso: ela trouxe vida às relações sociais, acalorando os laços em comum e propondo melhorias nas condições que afetam a sociedade.
A Teologia Pentecostal tem um valor imensurável. Com toda razão, veio para crescer e continuar evoluindo não apenas no meio acadêmico, mas também em um contexto mais amplo — como nos relacionamentos e no desenvolvimento integral da sociedade que a abraça.