Por Roger Mattos
A fé é o ponto de partida para o fazer teológico. É por meio dela que se desenvolve o estudo da eterna Rainha das ciências. Ao estudar um Ser que é infinito, utiliza-se de recursos finitos e, muitas vezes, limitados.
Partindo da ótica da espiritualidade pentecostal, que enfatiza principalmente a experiência espiritual, adota-se uma teologia bastante peculiar. Surgido no início do século XX, o movimento pentecostal apresenta um foco na vivência espiritual, resgatando os diversos dons mencionados na Bíblia, tal como ocorrido no período da Igreja primitiva.
Dessa forma, rompe-se com o paradigma de que a teologia esfria o crente, transformando-o em alguém com uma bagagem apenas teórica, que nega o sobrenatural. Isso ocorreu com o advento do liberalismo teológico, oriundo do racionalismo na modernidade.
Portanto, a espiritualidade pentecostal surgiu promovendo vida à teologia, tornando-a não apenas objeto de estudo teórico, mas também experiencial, capacitando para a obra missionária com o auxílio do agir sobrenatural de Deus, especialmente através do batismo no Espírito Santo.