Por Roger Mattos
A sociedade vive uma epidemia de pessoas com doenças psicossomáticas e um grande crescimento de neurodivergentes. Isso inclui o âmbito eclesiástico. Apesar da crença na cura divina, certos diagnósticos são, na realidade, condições permanentes, como, por exemplo, o TEA (Transtorno do Espectro Autista) e o TDAH (Transtorno do Déficit de Atenção e Hiperatividade).
Por essa razão, cria-se a necessidade de um desenvolvimento específico no que tange à prática docente nas igrejas. Cada indivíduo com uma condição requer uma habilidade peculiar, para que o propósito do ensino e aprendizagem se torne eficaz, atingindo seu nível de excelência.
Não obstante, além da especialização por parte do docente, deve haver um suporte com profissionais da área de Psicopedagogia, a fim de facilitar o trajeto entre docente e discente, bem como oferecer uma maior gama de ferramentas para lidar com as demandas do dia a dia.
Assim, o papel da Psicopedagogia é de extrema relevância na elaboração de técnicas e métodos que disponibilizam aos docentes recursos para efetuar uma orientação profícua e inclusiva. Ela exerce a função tanto terapêutica como diagnóstica, executando a manutenção entre quem ensina e quem aprende.
Portanto, não se deve negligenciar as demandas de ordem neurodivergente nas comunidades eclesiásticas. Com o aumento das estatísticas de pessoas com algum transtorno ou condição especial, a igreja não fica isenta de exercer o seu papel inclusivo no que tange à área do ensino e da aprendizagem. Por isso, se beneficia quando o docente se une ao profissional da Psicopedagogia.